O oco

                                                  “A vida dói” (Iberê Camargo)

Qual o menino morto

na tela ocre

do sertão

de Portinari,

 *

 esse outro

 – também cândido –

 agonizou

 à beira-mar.

* 

Braços impotentes

recolheram a dor

de travessias

horrendas,

*

sem horizontes

sem divisas

sem acenos

sem nada.

 

(Analice Martins)

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